terça-feira, 5 de março de 2013

Tutor do PETCIS Ailton Siqueira de S. Fonseca tem GT aprovado na IV REA| XII ABANNE que acontecerá nos dias 04 a 07 de Agosto em Fortaleza

Grupo de trabalho 33: Antropologias do sensível: diálogos entre etnografia, cultura e imaginação.
Coordenadores:
Prof. Dr. Ailton Siqueira de S. Fonseca -UERN, Prof. Dr. Anaxsuell Fernandes da Silva - UEM
Debatedor: Prof. Dr. Gustavo de Castro e Silva -  UnB


Apresentação: Como é sabido, a Antropologia tem se debruçado no estudo da humanidade em seus diferentes aspectos (étnicos, raciais, sociais, econômicos, diversidades culturais, religiosos, míticos, tradicionais) e em diferentes abordagens (estruturalista, funcionalista, marxista, etc). no fundo, a Antropologia tem se dedicado ao estudo da condição humana em sua singularidade e complexidade. De uma forma ou de outra, desde os pioneiros   até os pensadores contemporâneos dessa disciplina tem-se estudado, refletido ou buscado compreender as dimensões simbólicas, míticas e imaginários sociais. Percebemos, hoje, que para alcançarmos essas dimensões, para respondermos aos desafios que nos colocam a realidade e compreendermos a complexidade da condição humana, a Antropologia precisou voltar-se a outros objetos tradicionalmente marginalizados ou depreciados. Mesmo resistindo a diversas críticas, o fazer antropológico tem se aberto e elegido outros objetos, tais como, as paixões, os delírios, os sonhos, o estético, sensibilidades e subjetividades humanas, por meio da literatura, das imagens, da imaginação, da poesia, das artes e do próprio conhecimento – investindo numa perspectivas de um conhecimento do conhecimento. São essas dimensões que podemos chamar de Antropologia do sensível, dimensões da cultura, da vida e do humano que mostram o lado sensível da concretude do mundo, lado esse sem o qual a compreensão antropológica não contemplaria a complexidade dos fenômenos que ela mesma pretende estudar, algo que se torna seminal para o diálogo com outras áreas do conhecimento. Essa Antropologia rejunta real e imaginário, ciência, arte e literatura, razão e paixão, prosaico e poético, pensamento sensível e pensamento domesticado. Entendemos que a aceitação da imaginação como fonte do conhecimento humano permite ao etnógrafo explorar a estética do imaginário que preside seu próprio discurso. De muitas formas isso implica problematizar legado racionalista desta disciplina, em sua insistência em diferenciar a Imaginação de outros modos de consciência, numa tentativa de apartar o pensamento humano da produção das imagens. Mais uma vez, trata-se de resgatar a unidualidade entre pensamento simbólico e significado conceitual no âmbito dos constructos explicativos do discurso antropológico, sem contudo, cair na armadilha da desvalorização do imaginário sustentado na oposição simplista entre demência e saber racional. Assim, sustentado na compreensão de que é nas fronteiras antropológicas que os fios de várias disciplinas são tramados/destramados, este grupo de trabalho pretende agregar diferentes pesquisas que tratem a relação entre imaginação (literária, poética, filmíca, musical, fotográfica, narrativas orais, repentes, estudos biográficos, experiências, etc…) e o fazer etnográfico. Seja pesquisas decorrentes de um tratamento central a tensão exposta ou trabalho que se desdobram da necessidade de se pensar o texto etnográfico como produto de uma pesquisa acadêmica.

Mais informações no site do evento: http://www.reaabanne2013.com.br/

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